Os vereadores de Natal foram contrários à abertura do processo de Impeachment contra a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV). A votação do requerimento ocorreu nesta terça-feira (3) e, por 13 votos a 7, com uma ausência, o processo não será aberto. A discussão, no entanto, foi acirrada.
Liderando a bancada de situação, os vereadores Enildo Alves e Heráclito Noé, que deixou hoje o cargo de chefe de Gabinete Civil da Prefeitura, dispararam críticas à possibilidade de abertura do processo contra Micarla.
Para eles, não havia dados suficientes no requerimento que justificassem a saída de Micarla. Apesar da maioria dos parlamentares concordar que a prefeita não faz uma boa gestão, a maioria entendeu que não seria o caso de se abrir um processo de Impeachent.
O vereador Enildo Alves (DEM) não citou explicitamente nomes, mas disse que estranhou a mudança de posicionamento de alguns vereadores. "É engraçado ver algumas pessoas querendo fazer o papel de oposição ferrenha. Diferente dos vereadores que sempre fizeram parte dessa bancada, tem gente que não", disse o parlamentar.
Heráclito Noé, no entanto, foi mais longe. Justificando o voto contra a abertura do processo, Noé disparou contra o vereador Júlio Protásio (PSB), a quem chamou de "camaleão" por ter deixado a bancada de situação depois de mais de três anos apoiando a prefeita.
Júlio Protásio, por outro lado, respondeu a Heráclito Noé. O vereador do PSB acusou Noé de retornar à Câmara para atender aos interesses de Micarla e para "passar um rolo compressor" na votação do requerimento de Impeachment.