24 de outubro de 2012

Obery Rodrigues reafirma dificuldades financeiras do RN


O Executivo faz uma leitura pessimista dos números, mas quer evitar motivos para alarmismo sobre a crise financeira nas contas do tesouro estadual.

Para o secretário Obery Rodrigues (Planejamento), o “momento é difícil em relação em equilíbrio das receitas e despesas”, principalmente devido à queda nos repasses constitucionais - como do Fundo de Participação dos Estados (FPE) - e as pressões das despesas com pessoal.

Ele confirma que, em setembro, não foi possível fazer o provisionamento mensal para o 13º salário, mas garante que “o governo está trabalhando firmemente para pagar a segunda parcela até o dia 20 de dezembro”.

O provisionamento mensal do 13º salário dos servidores está fixado em lei. São 12 parcelas mensais que garantem um adiantamento de 40% sobre o salário bruto, em junho, e os outros 60% (com descontos) em dezembro.

Obery ressalta a necessidade do Executivo “contar com a colaboração dos demais poderes”.  A referência é direta: as propostas orçamentárias do Ministério Público e do Tribunal de Justiça do Estado, enviadas à Assembléia, acima dos limites fixados pelo Governo.

“Não queremos uma queda de braço. Queremos colaboração, diálogo”, ressalta o secretário.

Para ele, a atual polêmica está contaminada pela impressão, “plantada na opinião pública, de que o Estado estava nadando em dinheiro e vinha fazendo caixa”. “Não estava. Não somos uma ilha no país e o que vivemos é uma crise generalizada em outros Estados”, protesta o secretário.

E apesar de garantir não ter interesse em polemizar com números, Obery cita alguns: os repasses do Executivo para os outros poderes (Judiciário, MPE e Assembléia Legislativa/TCE) cresceram 12% entre janeiro e setembro, comparando-se o mesmo período de 2012/2011; a receita do tesouro estadual, no mesmo período dos dois anos, cresceu 27,23% e a participação média/anual desses poderes na receita estadual é de 17,1%, para uma média de 11,5% na região Nordeste.