A seca afetou os negócios realizados durante a 50ª edição da
Festa do Boi, encerrada na semana passada em Parnamirim. O valor
movimentado nos leilões caiu quase 30%, passando de cerca de R$ 4 milhões, em
2011, para R$ 3 milhões, em 2012.
Segundo informou a Associação Norte-Rio-Grandense de
Criadores (Anorc), das 1.480 vacas leiteiras colocadas à venda nos currais,
apenas 200 foram comercializadas (13,5% do total) este ano.
No ano passado,
1.000 foram vendidas - número cinco vezes maior. O cálculo não considera os animais
puros, comercializados em leilões ou diretamente.
Os bancos que montaram estandes na exposição, por outro
lado, emprestaram mais este ano.
Só o Banco do Nordeste (BNB) emprestou R$ 65
milhões durante a Festa do Boi. Deste total, R$ 12 milhões foram contratados
durante os dez dias de feira, o que representa um crescimento de 50% em relação
ao ano de 2011.
O Banco do Brasil, por sua vez, emprestou R$ 10,5 milhões. No
ano passado, o banco emprestou R$ 3,5 milhões.
O recurso, de acordo com o
gerente de agronegócio do BB, Paulo Trigueiro, é usado geralmente na aquisição
de equipamentos para convivência com a seca, como tratores para cavar poços.