5 de novembro de 2012

Caminhões retiram areia ilegalmente das margens do Rio Pitimbu


Vários caminhões estavam retirando areia das margens do Rio Pitimbu, às margens da RN-066 (estrada da Coophab), em Nova Parnamirim. O fato foi denunciado por moradores e de imediato uma equipe da Secretaria do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Urbano (Semur) compareceu ao local e fez a notificação dos responsáveis, além de terminar a imediata suspensão da retirada da areia.

Os fiscais da Semur informaram que não havia nenhuma autorização para retirada de areia da área considerada de preservação ambiental.

A retirada da areia era feita de forma veloz com vários caminhões esperando ser abastecido por uma retroescavadeira.

Para a retirada da areia foi extraída uma área dunar nas margens do rio e já estavam sendo criadas crateras. A movimentação é tão grande que em uma pequena estrada que dá acesso à área os caminhões ficavam em filas.

Os funcionários que trabalhavam no local se negaram a informar o nome da empresa responsável e não quiseram dar nenhuma informação. "O responsável pela retirada da areia já foi notificado para recompor a mata ciliar", afirmou o fiscal da Semur.

De acordo com os técnicos da Semur, o ato criminoso causa danos irreversíveis ao meio ambiente. No momento que retira muita areia altera as condições de fluxo do rio, prejudica a fauna e a flora. Este é um crime ambiental e, pela própria legislação, há multas pesadíssimas, com reposição inclusive da mata ciliar.

Pela Lei ambiental, da margem do rio, córrego, nascentes, conta-se 30 metros para dentro e, este é o local que não se pode tirar terra, areia, construir, etc.

Em toda a sua extensão, nos municípios de Macaíba, Natal e Parnamirim o Rio Pitimbu está sendo palco de degradações ambientais. Existe, portanto, uma necessidade premente de se buscar conhecimentos que visem subsidiar as tomadas de decisões no sentido de contribuir para a promoção de sua conservação, já que o manancial é responsável por cerca de 30% do abastecimento de água potável de Natal.