Vários caminhões estavam retirando areia das margens do Rio
Pitimbu, às margens da RN-066 (estrada da Coophab), em Nova Parnamirim. O
fato foi denunciado por moradores e de imediato uma equipe da Secretaria do
Meio Ambiente e do Desenvolvimento Urbano (Semur) compareceu ao local e fez a
notificação dos responsáveis, além de terminar a imediata suspensão da retirada
da areia.
Os fiscais da Semur informaram que não havia nenhuma
autorização para retirada de areia da área considerada de preservação
ambiental.
A retirada da areia era feita de forma veloz com vários
caminhões esperando ser abastecido por uma retroescavadeira.
Para a retirada da areia foi extraída uma área dunar nas
margens do rio e já estavam sendo criadas crateras. A movimentação é tão grande
que em uma pequena estrada que dá acesso à área os caminhões ficavam em filas.
Os funcionários que trabalhavam no local se negaram a
informar o nome da empresa responsável e não quiseram dar nenhuma informação.
"O responsável pela retirada da areia já foi notificado para recompor a
mata ciliar", afirmou o fiscal da Semur.
De acordo com os técnicos da Semur, o ato criminoso causa
danos irreversíveis ao meio ambiente. No momento que retira muita areia altera
as condições de fluxo do rio, prejudica a fauna e a flora. Este é um crime
ambiental e, pela própria legislação, há multas pesadíssimas, com reposição inclusive
da mata ciliar.
Pela Lei ambiental, da margem do rio, córrego, nascentes,
conta-se 30 metros para dentro e, este é o local que não se pode tirar terra,
areia, construir, etc.
Em toda a sua extensão, nos municípios de Macaíba, Natal e
Parnamirim o Rio Pitimbu está sendo palco de degradações ambientais. Existe,
portanto, uma necessidade premente de se buscar conhecimentos que visem
subsidiar as tomadas de decisões no sentido de contribuir para a promoção de
sua conservação, já que o manancial é responsável por cerca de 30% do
abastecimento de água potável de Natal.