Oito municípios do Rio Grande do Norte correm risco de ter
uma epidemia de dengue a qualquer momento e a pior situação é a de Campo
Redondo, na região do Agreste, a 136 quilômetros de Natal.
Com índice de infestação predial de 12,1%, Campo Redondo
divide o quarto lugar com Cafarnaum/BA no ranking dos piores do Brasil.
A informação é do Ministério da Saúde e consta de balanço
divulgado ontem em
Brasília. Este ano, o governo federal ampliou a pesquisa
sobre a dengue e usou o LIRAa - Levantamento de Índice Rápido de Infestação por
Aedes aegypti - realizado em 1.239 municípios. Campo Redondo só perde para
Itabuna/BA, com 18,4, Emas/PB 14,1 e Calumbi/PE, 12,4.
Na lista de risco estão também Santa Cruz, São Paulo do
Potengi, Jardim do Seridó, Mossoró, Parelhas, Brejinho e Pau dos Ferros. Nestas
cidades vivem 400 mil habitantes. O levantamento inclui em situação de alerta
os municípios de Ceará-Mirim, Caicó, Cruzeta e Jaçanã.
De acordo com dados
divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 6 de outubro, o Rio
Grande do Norte havia notificado 31.548 casos suspeitos de dengue, dos quais
11.210 confirmados.
Os municípios classificados como de risco apresentam larvas
do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis. É considerado estado de alerta quando
menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito, sendo índice é
satisfatório quando está abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.