14 de novembro de 2012

Tribunal de Justiça mantém afastamento de Micarla


O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte manteve o afastamento da prefeita de Natal Micarla de Sousa. Na sessão da manhã desta quarta-feira (14), todos os desembargadores presentes votaram pela manutenção da decisão do desembargador Amaury Moura Sobrinho.

Afastada devido a suspeitas de participação em esquema fraudulento em contratos firmados pela Prefeitura do Natal, Micarla recorreu da decisão de afastamento, tomada por Amaury Moura.

No agravo de instrumento, a prefeita argumentou que não foi ouvida e que, por isso, o afastamento havia sido ilegal. Os desembargadores, no entanto, mantiveram a decisão de afastamento.

No entendimento do desembargador relator ao analisar o processo, há fortes indícios de que a prefeita afastada tinha despesas pessoais custeadas com recursos públicos desviados. Esses indícios foram obtidos a partir da quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da própria prefeita afastada, além de documentos apreendidos pelo Ministério Público na Operação Assepsia.

Os dados levantados mostram que a prefeita afastada chegou a ter despesa mensal de até R$ 190 mil embora tenha declarado à Receita Federal uma renda anual de R$ 338 mil em 2011, incluindo os vencimentos como prefeita e os ganhos auferidos pela participação societária na TV Ponta Negra.

Também foram citados documentos mostrando que despesas pessoais da prefeita afastada eram pagas pelo ex-coordenador financeiro da secretaria municipal de Saúde, Assis da Rocha Viana, embora não exista qualquer justificativa para a origem dos recursos que possibilitou o pagamento dessas despesas.

O processo no qual Micarla é investigada segue sob análise do TJ. Porém, a prefeita continua buscando em esferas superiores o retorno ao cargo por via judicial.