O arquiteto Oscar Niemeyer, ícone da arquitetura moderna e
um dos brasileiros mais reconhecidos no mundo, morreu nesta quarta-feira (5),
aos 104 anos. Ele estava internado há 33 dias no Hospital Samaritano, em
Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, por causa de uma infecção urinária. Ele
também teve uma infecção respiratória e respirava com a ajuda de aparelhos.
Niemeyer foi um dos principais expoentes da arquitetura
moderna e projetou o Brasil internacionalmente. O carioca ganhou reconhecimento
a partir da exploração das possibilidades plásticas e construtivas do concreto
armado, produzindo obras grandiosas e inventivas, marcadas pelo abuso de curvas
em detrimento das linhas e ângulos retos.
Suas obras - prédios públicos e privados, monumentos,
esculturas e igrejas - marcam a paisagem das principais cidades brasileiras e
espalham-se por vários países do mundo, como Estados Unidos, França, Espanha,
Alemanha, Itália, Argélia, Israel e Cuba, entre outros.
Niemeyer projetou grande parte das obras de Brasília, entre
elas a praça dos Três Poderes, os prédios do Congresso Nacional, do STF
(Supremo Tribunal Federal) e o Palácio do Planalto.
Niemeyer deixa uma filha netos, bisnetos e trinetos. Sua
filha, Anna Maria, morreu em junho, aos 82 anos, por complicações decorrentes
de um enfisema pulmonar.