Os meteorologistas de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e do Inpe ressaltam que a região
semiárida e faixa leste e litorânea do Nordeste tem como característica a
"alta variabilidade espacial e temporal nos índices pluviométricos",
o que significa que em algumas áreas poderão receber uma quantidade de chuvas
menor do que em outras, além de haver a possibilidade de eventos externos que
possam contribuir para uma variação da queda de chuvas na região nordestina.
Durante os dois dias de reuniões feitas na sede da Empresa
de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), em Parnamirim, os
meteorologistas observaram que no Oceano Pacífico Equatorial, as condições são
de neutralidade em termos de temperatura da superfície o mar e, de acordo com a
maioria dos modelos de previsão climática, a tendência "é de persistência
do padrão de neutralidade nas águas do Pacífico para os próximos meses".
Já no Oceano Atlântico Tropical Norte e próximo à costa da
África, está identificada a presença de anomalias positivas da temperatura da
superfície marítima, com valores em torno de 0,5º. No setor sul da bacia, as
anomalias das temperaturas superficiais do mar ficarão com padrão normal e um pouco
abaixo da média no centro do Atlântico sul.
As anomalias positivas superiores a 1ºC são observadas ao
longo da costa do continente africano.
A reunião com os meteorologistas nordestinos ocorreu entre
ontem e hoje, havendo a análise das condições regionais de pluviometria e
globais dos oceanos e da atmosfera, assim como dos resultados de modelos
numéricos de previsão sazonal, visando elaborar o prognóstico climático para o
trimestre de março a abril de 2013, sobre o setor norte da região Nordeste.