Presidente da ACERN, Walfran Valentim, protesta contra a decisão do TJD
Associação dos Cronistas Esportivos do RN repudiou a
punição que o TJD aplicou ao repórter Ubitaran Saldanha, chefe da equipe de
esportes da RPC de Mossoró. O radialista foi apenado pelo Tribunal com 180 dias
de suspensão por ter, segundo relato do árbitro Lenílson de Lima, empurrado o
quarto árbitro naquele jogo tumultuado entre Potiguar x América, no Leonardo
Nogueira.
Veja o teor da nota da ACERN, assinada pelo
presidente Walfran Valentim, encaminhada para a ABRACE (Associação Brasileira
dos Cronistas Esportivos ):
“A determinação do Tribunal de Justiça Desportiva em
punir o colega repórter Ubiratan Saldanha, na partida entre Potiguar de Mossoró
x América, naquela cidade oestana, válido pelo 1º turno do campeonato de
profissionais do Rio Grande do Norte, pode se transformar em um “vício” jamais
visto no futebol potiguar.
Sabemos que os árbitros, repórteres, dirigentes,
presidentes de clubes e torcedores, todos… todos são passíveis de erros. Apesar
das críticas, apesar de algumas imperfeições, apesar das contrariedades, apesar
de todos os pesares, entendemos, que Ubiratan Saldanha, está ciente do ato (que
possivelmente) praticou por ocasião daquela partida de futebol.
Por isso, entendemos nós, que essa punição de deixar
o repórter longe dos microfones de sua emissora, longe do seu ganha-pão, foi
acima de tudo, dura, impiedosa e, acreditamos fora da arcada do Tribunal de
Justiça Desportiva. O repórter estava em pleno gozo de sua atividade
jornalística, quando ocorreram os fatos, provocando tumulto generalizado.
Repudiamos esta tentativa de abuso de forças
jurídicas para penalizar o profissional de imprensa, principalmente levando em
conta que a questão não é caso de justiça desportiva, e sim, da comum. É assim
que entendemos.
Pedimos em nome da ACERN (Associação de Cronistas
Esportivos do Rio Grande do Norte), a imediata interferência de Vossa Senhoria
para evitar este abuso e para contribuir com a consequente eliminação da pena”.