As obras do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante foram alvo
de oito autos de infração e estiveram embargadas, pelo Ministério do Trabalho,
durante sete dias - da última terça-feira até ontem, dia 13.
A paralisação das obras ocorreu devido a irregularidades na
área de segurança do trabalho detectadas em três inspeções realizadas, sendo a
última no dia 7. A liberação das obras ocorreu na manhã de terça-feira (14),
após nova auditoria de fiscais do MTE
que reconheceu as adequações adotadas pela Engeport, empresa formada pelo
Consórcio Inframérica que é responsável pela construção do terminal
aeroportuário.
Pelo menos duas estruturas: o terminal de passageiros e o
viaduto de acesso ao aeroporto estavam sem guarda-corpo, (equipamento de
proteção feito em madeira e obrigatório para a fase de edificação em que não há
ainda paredes). E as poucas existentes, explica o auditor fiscal do trabalho,
Carlos Pereira da Silva Júnior, estavam em desacordo com a altura estabelecida
(1,20 metro), mal fixadas e feitas em material de baixa qualidade. “Havia risco
de trabalhadores caírem, porque não tem a proteção”, frisa Pereira.
Outra intervenção apontada no relatório de embargo era a
instalação de plataforma de proteção (estrutura em madeira que circunda cada
pavimento da edificação) para evitar a queda de materiais, além do isolamento
da área abaixo para impedir a passagem de trabalhadores.
O Consórcio Inframérica, por meio da assessoria de
comunicação, informou que realizou as
modificações solicitadas pelo Ministério Público do Trabalho nas obras do
Aeroporto de São Gonçalo e que as obras seguem normalmente.
A previsão do
consórcio Inframérica é concluir as obras físicas do aeroporto em dezembro e
colocá-lo em operação a partir de abril de 2014. O consórcio não inform ou se o
embargo atrapalha o cronograma.