As chuvas deste início de junho são prenúncio de que a
previsão dos meteorologistas de um inverno ligeiramente acima do normal para o
litoral leste do Rio Grande do Norte deve se concretizar.
“Historicamente esse
é o mês que mais chove em Natal”, avisa
Gilmar Bristot, que é gerente do Setor de Meteorologia da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn).
Gilmar Bristot explicou que em período normal de inverno
chega a chover em 25 dos 30 dias de junho, em Natal, onde o acumulado de chuvas
deste ano é de 647,7 mm, segundo o
pluviômetro instalado no campus universitário da UFRN, praticamente a metade do
volume pluviométrico do ano passado, que foi de 1.239,6 mm.
Mesmo com a estiagem que predominou n a região litorânea do
Estado, até maio, nos seis primeiros dias do mês, já choveu em quatro dias, o
que reforça o histórico de chuvas durante quase todo “o mês de São João”, como
gosta de dizer o sertanejo.
Segundo Bristot, choveu somente 41,2 milímetros
entre a madrugada e de ontem, mas o
volume de água foi o suficiente para alagar algumas ruas, devido a
impermeabilização do solo, “que provoca a retenção de água e causa esses
transtornos”.
Os dados da Emparn apontam, ainda, que na primeira semana de
junho só não choveu no sábado (1º) e nem na segunda-feira (3). Porém, houve
chuvas no domingo (2), 32,8 milímetros; na terça-feira (4), 2,4 mm e na
quarta-feira (5), 23,4 mm.