De acordo com o Caged (Ministério do Trabalho), o setor abriu 525 novos postos em junho, número bem próximo dos 578 e dos 519 abertos em 2012 e 2011, respectivamente. Mas é o dado do acumulado do primeiro semestre que preocupa.
De janeiro a junho deste ano, o setor abriu 2.966 vagas, um número bem distante dos 5.417 postos abertos no primeiro semestre de 2012 e também dos 3.205 computados no mesmo período de 2011. O mesmo comportamento se observa nos dados gerais do estado.
O presidente do Sistema Fecomércio Rio Grande do Norte, Marcelo Fernandes de Queiroz, explica que estes dois segmentos - Comércio e Serviços - têm particularidades que justificam o desempenho.
“O segmento de Ensino vive, no primeiro semestre, seu período natural de contratações e ele ainda tem recebido um bom impulso dos cursinhos preparatórios para concursos públicos, que está bastante movimentado no estado. Já a Corretagem e Administração de Imóveis ainda sente o bom reflexo do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, que aqueceu de forma bastante contundente este segmento”, afirma ele.
Marcelo Queiroz volta a demonstrar preocupação com os resultados do acumulado no primeiro semestre.
“Desde que saíram os números de maio eu digo que, a meu ver, está acesa a luz amarela para nossa a economia. Estamos, sim, no limite da geração de empregos e precisamos estimular o setor produtivo e as atividade que são fortes na nossa economia. Este é um dos desafios para os governos, em todas as suas esferas, para este segundo semestre.”, reafirmou o presidente da Fecomércio, que foi mais além: “Diante desta necessidade – de fomento à atividade produtiva - e das notícias que vimos acompanhando, das dificuldades financeiras dos governos e dos consequentes cortes de investimentos, temos um quadro extremamente preocupante“, pontua Queiroz.