Com o fracasso da operação para criar uma nova legenda de
oposição a partir da fusão do PPS com o PMN, o ex-governador José Serra, hoje
no PSDB, estuda outras alternativas para sair candidato à Presidência em 2014.
Até então, o partido que nasceria da união do PPS com o PMN,
a natimorta MD, seria o destino mais provável para uma candidatura de Serra. O
ex-governador está sem espaço no PSDB, já que os tucanos estão praticamente
fechados em torno do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Como o PMN desistiu da fusão, o ex-governador passou a
estudar uma série de cenários, que incluem desde permanecer em seu partido e, à
frente, aguardar a chance de disputar internamente a candidatura com Aécio, até
trocar o PSDB pelo PPS, presidido por seu amigo, o deputado federal Roberto
Freire.
"O PPS já havia convidado o Serra antes de anunciar
qualquer fusão. Portanto, o convite a ele está mantido. Nada mudou",
afirma Freire.
A criação de uma nova legenda abriria uma janela na lei da
fidelidade partidária que permitiria aos deputados e vereadores aliados de
Serra deixarem o PSDB sem risco de perda do mandato. Sem a criação da MD, essa
possibilidade não existe.
O ex-governador, no entanto, poderia migrar sozinho para o
PPS e fazer uma aliança com o PSDB de São Paulo, para a eleição de Geraldo
Alckmin ao governo, dividindo o palanque de Aécio no maior Estado do país.