A Secretaria de Estado da Educação anuncia o corte do ponto
dos professores cedidos ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio
Grande do Norte que supostamente deveriam ter retornado às suas atividades nas
escolas e, de acordo com a secretaria, até o momento não se apresentaram.
Segundo o Governo, o Sinte "não prestou qualquer tipo de informação à SEEC
sobre a apresentação desses profissionais", mesmo após ser notificado.
No dia 28 de junho, seguindo recomendação do Ministério
Público, a secretaria enviou notificação ao sindicato, convocando imediatamente
para reassumir suas funções junto às escolas da rede estadual todos aqueles
servidores e professores atualmente afastados para o exercício de funções junto
ao Sinte, assim como aqueles que estivessem afastados por mais de dois mandatos
consecutivos. Segundo a legislação estadual, somente três servidores podem ser
cedidos.
A recomendação, assinada pelo promotor Paulo Batista Lopes
Neto, foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 27 de junho de 2013 e
tem como base jurídica a Lei Complementar Estadual Nº 122/94. A legislação diz
que “somente podem ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção
ou representação nas referidas entidades, até o máximo de 03 (três) por
entidade”; e que “a licença tem duração igual à do mandato, podendo ser
prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez”.
Segundo o Ministério Público, ficou evidenciada a existência
de pelo menos 35 servidores da Secretaria de Estado da Educação afastados para
exercerem funções junto ao sindicato, alguns deles por tempo superior a dois
mandatos.
Para o MP, além de afrontar diretamente as disposições da Lei Complementar Estadual 122/94, “o afastamento de um grande número de servidores da secretaria deixa lacunas nas escolas, salas de aula e outros setores administrativos da pasta, comprometendo a eficiência e a regularidade do serviço público de educação”.
Para o MP, além de afrontar diretamente as disposições da Lei Complementar Estadual 122/94, “o afastamento de um grande número de servidores da secretaria deixa lacunas nas escolas, salas de aula e outros setores administrativos da pasta, comprometendo a eficiência e a regularidade do serviço público de educação”.