Os prefeitos eleitos e reeleitos no ano passado no Rio
Grande do Norte estão enfrentando o pior início de governo dos últimos tempos.
As dificuldades passam por várias vertentes. Vão dos repasses do Fundo de
Participação e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) a problemas
provocados pela alta de preços e reajustes do vencimento do funcionalismo.
Ao avaliar os primeiros seis meses de administração, o
prefeito de Parnamirim, Maurício Marques, diz que “fizemos um planejamento para
sobreviver diante da queda de arrecadação”. As dificuldades passam por várias
vertentes.
Terceira maior cidade do Rio Grande do Norte, Parnamirim
recebeu nos seis primeiros meses deste ano, bruto, sem os descontos da Educação
e Saúde, R$ 36,9 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), aumento
nominal de 8,9% - e real de apenas 2,4% - em relação aos primeiros seis meses
do ano passado. O reajuste do salário mínimo foi de 9%.
Para manter-se abaixo do limite prudencial da Lei de
Responsabilidade Fiscal, o prefeito Maurício Marques retardou a nomeação de
cargos do segundo escalão, que ainda não estão completos em sua totalidade.
Hoje, a prefeitura enfrenta duas greve. Uma na Educação, que
atinge menos de 20% dos professores, e outra na Maternidade Divino Amor, que
prejudica o atendimento. Os servidores da saúde cobram a implantação do plano
de cargos e um reajuste de 100% nas gratificações.
Maurício disse que apensar das dificuldades, foi possível
concluir o saneamento no Centro, Passagem de Areia, Rosa dos Ventos e Santa
Tereza. As obras no bairro Boa Esperança estão quase concluídas e a
pavimentação de 42 ruas em Cajupiranga também foram citadas pelo prefeito da
Cidade.
De acordo com Maurício Marques, o planejamento financeiro em Parnamirim
oportunizou também a conclusão de uma escola e duas unidades de ensino
infantil.
Na área da saúde, destacou o prefeito, existem atualmente 22
unidades básicas no município funcionando, além das maternidades, 42 PSFs, 32
clínicas terceirizadas e laboratórios que produzem mensalmente 26 mil exames.
“A UPA de Rosa dos Ventos funciona com recursos próprios”, observou.