A maioria dos líderes partidários da Câmara Federal
descartou a aprovação de uma reforma política válida para as eleições de 2014.
a informação foi confirmada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves,
após reunião com lideranças.
De acordo com Henrique, não há tempo suficiente para a
votação das novas regras, já que qualquer mudança no sistema eleitoral deve ser
aprovada até um ano antes do pleito – ou seja, até outubro deste ano. Ainda
segundo o presidente da Casa, a maioria dos partidos defende a realização de um
referendo, em vez de um plebiscito.
Um grupo de trabalho com objetivo de elaborar a proposta
deverá ser criado ainda nesta terça-feira (9). Ela deverá ser votada em até 90
dias, tempo em que devem ser realizadas audiências públicas. Henrique Eduardo
explicou que esse prazo é improrrogável. “O povo brasileiro quer a modernização
das relações políticas e eleitorais. Esta Casa já deveria ter votado essas
mudanças, e agora terá de cumprir essa sua responsabilidade”, disse.
O líder do PT, José Guimarães, admitiu que o prazo
inviabiliza mudanças nas regras eleitorais no ano que vem, porém afirmou que o
PT, PDT E PCdoB vão tentar garantir o plebiscito ainda neste ano. Já Ronaldo
Caiado, líder do DEM, defende a ideia de que a consulta pública, seja plebiscito
ou referendo, aconteça junto com as eleições de 2014.
“Não se pode brincar com
o dinheiro público, principalmente quando o clamor da população é pela saúde,
educação e transporte”, explicou.