10 de julho de 2013

Senado rejeita projeto que reduziria número de suplentes de senador

O Senado rejeitou na noite desta terça-feira (9), a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que proibiria parentes serem eleitos suplentes de senador e que reduziria de dois para um o número de suplentes. A matéria teve 46 votos favoráveis, mas eram necessários pelo menos 49 para a aprovação. Houve ainda 17 votos contrários e uma abstenção.

A proposta votada pelos senadores alteraria a Constituição e vetaria a eleição para o cargo de cônjuge ou parente consanguíneo ou por afinidade até o segundo grau, como irmãos e avós. O suplente é convocado no caso de afastamento temporário ou definitivo do titular.

A votação do tema veio após a presidente Dilma Rousseff ter enviado ao Congresso, na semana passada, cinco pontos que gostaria de ver questionados em um eventual plebiscito sobre a reforma política -- entre os pontos, estava o fim ou não da suplência no Senado.

Ao apresentar o seu relatório na tribuna, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) criticou a falta de transparência na escolha do suplente. Ele rejeitou, porém, proposta sugerida pelo senador Eduardo Suplicy, que instituía eleições diretas para os suplentes.

O senador José Sarney (PMDB-AP), autor da PEC rejeitada hoje, criticou a necessidade de haver dois suplentes, mas defendeu que ainda exista um.

"Por que existe o suplente? É a pergunta que se faz. Aqui no Senado todos os Estados são iguais. E, se a Câmara decide algo contrário a alguma unidade federada, existe o Senado para equilibrar. Dentro dessa concepção, se um senador desaparece, a instituição fica capenga, porque um Estado passa a ter um representante a menos."

Dezessete senadores usaram a palavra para debater o assunto em mais de duas horas e meia de sessão.