11 de novembro de 2013

Rádios AM terão de solicitar mudança para FM a partir de janeiro

A presidente Dilma Rousseff assinou decreto que permitirá que as rádios AM migrem para a banda FM. A permissão foi anunciada quinta-feira (7), Dia do Radialista, durante evento no Palácio do Planalto.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirma que o decreto pavimenta um “caminho próspero para o setor”, que via sua audiência cair ao longo dos anos.

O processo de migração não será obrigatório. Para mudar de faixa, as rádios interessadas terão de comunicar ao Ministério a partir de 1º de janeiro do ano que vem. Todo o trâmite deve durar de quatro a cinco meses. A partir daí, o governo, por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vai verificar se há espaço para encaixá-las na faixa FM.

Para a vice-presidente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert), Carmem Lúcia Dummar, o decreto é positivo porque melhora a qualidade do som para as rádios AM. No entanto, a mudança vai exigir tempo e investimento em adaptações técnicas. “Para o Interior do Estado é interessante porque há bastante espaço para migração para as FMs, o que não acontece na Capital”, declarou.

Se em alguma região do País não houver possibilidade de migrar todas as interessadas - o que pode ocorrer nas grandes cidades, como São Paulo - as empresas de rádio terão de aguardar o processo de digitalização das TVs, que, segundo ministro, deve demorar cerca de um ano e meio. Quando isso ocorrer, os canais 5 e 6, de TV, poderão ser usados para transmissão das rádios remanescentes da migração.

Segundo Bernardo, cada canal de TV pode abrigar cerca de 20 estações de rádio. “Estimamos que 1.700 rádios devem pedir a migração”. Hoje, 1.772 emissoras operam na frequência AM, segundo o governo. Elas estão divididas de acordo com o alcance: local, regional ou nacional.