O secretário Estadual de Turismo (Setur), Renato Fernandes, que
é mossoroense e já foi vereador naquela cidade, revelou que já disse a Rosalba Ciarlini
que “estava desconfortável” na Secretaria de Turismo com a situação do seu
partido. “Me sinto desconfortável no máximo”, reclamou Renato Fernandes.
Ele também afirmou que chegou a entregar o cargo, contudo, a
decisão foi revista após uma conversa com a governadora. “Disse a ela que
estava me sentindo desconfortável, mas ela me disse que esperasse a reunião do
partido”, revelou.
Creditado a Executiva Estadual do PR que, em reunião
ocorrida na semana passada, decidiu “sugerir” o rompimento, antecipando-o,
Renato Fernandes afirmou não entender muito bem “como funcionará” o próximo
encontro do partido, marcado para o dia 22 e que definirá se o PR vai romper
realmente ou não.
Ele criticou essa indecisão partidária. “Eu tenho uma
discordância no que concerne a essa sistemática, porque essa ‘avisar que vai
romper’, eu não concordo. Se o partido já decidiu que vai romper, se houve essa
reunião, então entregue logo. Não sei como funciona direito isso, se a decisão
da Executiva vai prevalecer na reunião do dia 22. Se prevalecer, então deveria
ter entregue quando houve a primeira decisão, porque fica muito, muito feio”,
analisou Renato.
“Inclusive, eu acho
que o meu partido deveria conversar com a governadora, com o secretário Carlos
Augusto, comandante-chefe do DEM, e discutir essa análise”, acrescentou,
fazendo questão de ressaltar que, de qualquer forma, não será “resistente” a
qualquer decisão que o PR venha a tomar – ou oficializar – no futuro.
“Eu estou apenas aguardando a ordem do
presidente do partido, o deputado federal João Maia, para quando ele
oficializar o rompimento, se oficializar, eu entrego o cargo. A Secretaria de
Turismo pertence à governadora, mas é uma indicação do PR. Se o partido deixar
o Governo, não faz mais sentido eu permanecer”, garantiu.