A sessão ordinária da Câmara Municipal realizada
nesta segunda-feira (2) debateu basicamente um assunto: o fechamento do Pronto
Socorro Infantil do Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em
Parnamirim. Os motivos são que a Secretaria Estadual de Saúde tem déficit no
seu quadro de pediatras e está priorizando atendimentos de alta complexidade no
local.
Quase todos os vereadores e pronunciaram sobre o
assunto. Mas, coube ao vereador Iranir Guedes (PRB) levar o assunto à tribuna.
Segundo o vereador, “não é verdade que o fechamento do setor tenha ocorrido
porque a Prefeitura se negou a colaborar com a Secretaria de Saúde como foi
dito pelo secretário Luiz Roberto”. “Isso é uma inverdade e uma maldade
grande”, prosseguiu o vereador.
Com o fechamento da unidade de Pediatria, a responsabilidade pelo atendimento
básico passou a ser do município. Com isso, segundo a diretora do Hospital,
Elizabeth Carrasco, o serviço de referência do hospital deve melhorar com a
oferta de mais leitos.
Iranir Guedes disse que o
secretário de Saúde de Parnamirim, Márcio Cézar, lamenta profundamente a decisão do Governo do Estado,
que não buscou ouvir a necessidade dos municípios. “Apesar de todo esforço que
foi feito para manter o atendimento às crianças no pronto-socorro do Hospital
Deoclécio, a população será prejudicada”, disse o vereador, acrescentando que a
Sesad já custeia com R$ 160 mil por mês o pagamento de pediatras e outros profissionais
da área de saúde.
O vereador Antônio Batista Barros (PMDB) afirmou que apesar de há quatro anos o
Hospital Deoclécio Marques já encaminhar a outros hospitais casos de crianças
que precisem de atendimento mais complexo, como a cirurgia infantil, “a
população deverá sentir a falta do atendimento básico, que vinha sendo feito
pelo Governo do Estado.
A expectativa é de que a Unidade de Pronto Atendimento Municipal – UPA – absorvam
a demanda ambulatorial e de Pronto Socorro. Os vereadores Ricardo
Gurgel (PSB), Kátia Carvalho (DFEM), Gildásio Figueiredo (PSDB), Geovani Júnior
(PRB), Carlos Augusto (PTdB) e Manuel Diniz (PDT) também se pronunciaram sobre
o assunto.