8 de janeiro de 2014

CNJ aposenta juiz que se envolveu em confusão em um bar

O Conselho Nacional de Justiça aposentou compulsoriamente, em junho do ano passado, o juiz Joaquim Lafayette Neto, titular da 5ª Vara Criminal do Recife, por faltas disciplinares cometidas na véspera do Natal de 2010.
O processo administrativo 47/2011 diz que o magistrado, armado e embriagado, teria aprontado uma confusão em um bar de Casa Amarela.
Desarmado por uma das mulheres, ele ainda teria urinado na rua antes da chegada da polícia. A Procuradoria Geral de Justiça pediu que o magistrado receba a pena máxima prevista, de aposentadoria compulsória.
Passado o imbróglio, denunciado pelas mulheres, o Tribunal de Justiça pernambucano abriu procedimento para investigar o caso e, no final, aplicou uma censura ao magistrado.
Em sua defesa, o juiz alega que e ficou embriagado involuntariamente, por ser diabético e não ter se alimentado naquele dia. A Corte Especial entendeu que ele aceitou o risco de se embriagar, pois sabia da sua doença e da condição de jejum.
O caso chegou ao CNJ. O relator decidiu por acatar a censura e manter o juiz no cargo.
O conselheiro natalense, Emmanuel Campelo, abriu divergência e votou pela aposentadoria compulsória do juiz.
A maioria do Pleno seguiu o voto divergente de Campelo, inclusive o presidente do CNJ, Joaquim Barbosa, também presidente do STF.