Antecipando-se à reunião da
cúpula do PMDB, a presidente Dilma Rousseff acertou ontem à noite com seu vice,
Michel Temer (PMDB-SP) que definirá no próximo dia 29 o espaço do PMDB na
reforma ministerial. A reunião de ontem foi a segunda entre Dilma e Temer nesta
semana para tratar do assunto.
A principal reivindicação do
PMDB é comandar o Ministério da Integração. Na segunda-feira, a presidente
avisou aos peemedebistas que não tinha a pretensão de dar um sexto ministério
para a legenda porque precisa acomodar outros aliados, como o PTB, Pros e PSD.
O presidente em exercício do
PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou ontem, 15, que o partido "não está
colocando a faca no pescoço" da presidente Dilma Rousseff nas discussões
sobre a ampliação do espaço da sigla na reforma ministerial.
O senador peemedebista
ressaltou que a decisão sobre a reforma é da presidente Dilma Rousseff, mas disse
que o partido tem tamanho para aumentar sua participação nas pastas.
“Não pode sofrer por antecipação. Ainda não há
definição. O PMDB não está colocando a faca no pescoço da presidente para
exigir mais cargos nesse momento em que o Brasil precisa de unidade política e
não de crise política”, afirmou.
Raupp pontuou que "não
houve veto" da presidente ao nome de Vital do Rêgo, considerado como
"uma unanimidade" pelo PMDB no Congresso, mas indicou que ele pode
ser contemplado por uma pasta mesmo se a legenda não ampliar sua presença na
Esplanada. "Mesmo sem a ampliação dos ministérios do espaço do PMDB, há a
possibilidade de o Vital ser ministro, até porque ele não tem disputa eleitoral
agora."