O inquérito 007/2004, aberto há dez anos pelo Ministério Público para
apurar a contaminação do Rio Cajupiranga pela lagoa de captação no bairro Boa Esperança,
construída pela Prefeitura de Parnamirim, está parado e em local incerto.
O atual promotor de Parnamirim, Daniel Benevides, que assumiu a função
há apenas uma semana, ainda não sabe onde se encontra o processo.
Segundo a assessoria de comunicação do Ministério Público do Rio Grande
do Norte, a promotora Kariny Fonseca, que tratava da questão, foi transferida
para outra comarca. Benevides, recentemente transferido para Parnamirim ainda
não teve, segundo o MP, tempo suficiente para rever o inquérito. Pediu uma
semana para avaliar o caso.
O inquérito foi aberto em 2004 pela promotora Isabel Cristina, a pedido
do empresário Roberto Serquiz, que observou que dejetos e água servida eram
despejados pela tubulação da lagoa até o leito do rio. Sua
reclamação foi levada repetidamente a quatro promotores da comarca sem que uma
solução fosse encontrada.
No relatório de 2006 a promotoria observou que o escoamento da água era
feito através de uma bomba construída paralelamente a uma linha férrea
desativada, desaguando em um esgoto diretamente no Rio
Cajupiranga.