Faltando menos de 15 dias para
abertura oficial do Carnaval deste ano,
o Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito civil para acompanhar a aplicação de recursos públicos
na realização da festa momesca em Caicó, a
256 quilômetros de Natal.
Os promotores querem saber,
entre outros detalhes, qual o montante de verba pública será destinado ao
pagamento das despesas geradas com a festa, bem como se há um prognóstico sobre
o fornecimento de água durante os quatro dias de folia.
O município de Caicó orgulha-se
de promover, segundo a administração municipal, um dos maiores carnavais do
Estado. No período da festa, a cidade recebe turistas de várias partes do
Estado e de cidades paraibanas.
Atualmente, assim como em
outros 160 municípios potiguares, Caicó enfrenta sérios problemas devido à
estiagem que se arrasta há mais de dois anos. O possível despenho excessivo por
parte da administração local para realização da festa, aliado às condições
climáticas desfavoráveis despertou atenção dos promotores.
De acordo com a Portaria nº
003 publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de hoje, a secretaria Municipal
de Planejamento e Articulação Institucional daquele município informou que os
investimentos de recursos públicos destinados às atrações e festividades se
limitaram ao subsídio dos blocos carnavalescos de rua, no montante de R$ 130
mil.
Além do montante investido nas
atrações musicais, a Prefeitura de Caicó informou que será aplicado R$ 204 mil
nos serviços de infraestrutura, manutenção e conservação da higidez urbana
durante e após o evento. Para o MPE, a administração não explicou o meio de
contratação de tais despesas.