Além de secar as fontes e mananciais de
água do Rio Grande do Norte, a longa
estiagem pela qual o estado passa deve enxugar os investimentos dos municípios
do interior nos festejos carnavalescos de 2014.
É que, de acordo com a
procuradoria-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado
(MPJTCE/RN), uma publicação de 2012, que
recomendava aos prefeitos de cidades em situação de emergência que evitassem
gastos públicos com a contratação de eventos artísticos e culturais, continua
valendo para todos os municípios que se encontrem nessa situação.
Atualmente, 160 cidades potiguares estão
listadas, por decreto do Governo do Estado, em situação de emergência. Desse
total, 21 enfrentam colapso no abastecimento de água.
Das sete cidades procuradas pela
reportagem, quatro confirmaram que cancelaram o carnaval. As outras mantém
o evento, apesar de diminuir a aplicação
de recursos públicos. É o caso de
Touros, no litoral Norte.
Neste final de semana, o MP instaurou um inquérito civil
para acompanhar a aplicação de recursos públicos na realização do carnaval em
Caicó, a 256 quilômetros de Natal.
Os promotores querem saber qual o
montante de verba pública que será destinado ao pagamento das despesas geradas
com a festa, bem como se há um prognóstico sobre o fornecimento de água durante
os quatro dias de folia.