Tem muita gente que se ilude
com o fato de que prefeitos apoiam candidato “a” ou “b” em uma eleição para
governador, considerando esse fato como primordial. A história nos mostra que
não é bem assim.
Aqui no Rio Grande do Norte,
em 2002, Wilma de Faria foi candidata ao Governo do Estado e tinha apenas,
inicialmente, no 1º turno, o apoio de 3 prefeitos. Depois, esse número aumento
no 2º turno. E Wilma foi eleita com 820.541 votos, correspondentes a 61,05% dos
votos válidos.
Em 2006, a atual governadora
Rosalba Ciarlini (DEM) disputou uma cadeira no Senado contra o então senador e
ex-ministro da Integração, Fernando Bezerra, que tinha o apoio da mais de 200
prefeito. Mas, Rosalba ganhou a eleição por uma diferença de 0,76% dos votos,
vencendo nos principais colégios eleitorais – Natal, Mossoró e Parnamirim.
Em 2010, A candidata do PT à
presidência da República, Dilma Rousseff venceu a eleição em 160 municípios do
Rio Grande do Norte. A vitória mais expressiva dela foi em Mossoró, base
eleitoral da candidata vitoriosa ao Governo do Estado Rosalba Ciarlini (DEM).
Em Mossoró, Dilma teve 54.856 votos, contra 32.745 do candidato tucano, José
Serra.
E pasmem: nesta eleição o candidato
José Serra venceu o pleito em Parnamirim, onde o prefeito Maurício Marques e o
deputado Agnelo Alves, ambos do PDT, apoiavam Dilma Rousseff e o município
havia recebido muitos recursos do Governo Federal que foram transformados em
obras para a população.
Então, o simples apoio de um
prefeito não é necessariamente condição para o candidato se eleger...