O caso ocorreu no dia 30 de
abril, na portaria da campus na avenida Doutor Arnaldo, zona oeste de São
Paulo. A universidade afirma que abriu uma sindicância interna para apurar o
episódio.
Mônica, aluna do primeiro ano
de saúde pública, diz que iria encontrar amigos em uma sala do centro acadêmico
da Faculdade de Medicina.
Quando passava pela portaria
foi barrada por dois vigilantes, que lhe pediram o crachá de estudante. "Mostrei
o crachá e a resposta foi que eu não poderia entrar", afirma Mônica.
Mônica relata que só conseguiu
acessar o prédio escoltada por um segurança. Ao chegar ao centro acadêmico,
porém, não havia festa. Amigos ainda lhe disseram que só ela havia sido
barrada. "Questionei o segurança sobre isso. Ele disse que eu estava sendo
arrogante e que ele poderia me tirar de lá a hora que ele quisesse."
O Centro Acadêmico Emílio
Ribas, da Faculdade de Saúde Pública da USP, divulgou uma nota em repúdio ao
episódio. Ontem à tarde, estudantes do curso fizeram um protesto em frente à
Faculdade de Medicina.
Em nota, a USP afirma que os
funcionários da segurança são terceirizados e que "repudia o racismo e
qualquer outra forma de discriminação com base em etnia, religião, orientação
sexual, social."