O deputado Luiz Couto (PT-PB)
denunciou na terça-feira (2), que dez membros titulares e cinco suplentes da
Comissão Especial da Câmara, que analisa o projeto de revogação do Estatuto do
Desarmamento (Lei 10.826/12), foram financiados por empresas que produzem armas
e munições.
“Estão querendo trazer essas
empresas para dentro do Congresso, mas nós vamos lutar para impedir que esse
projeto seja aprovado e para que possamos continuar com o Estatuto”, bradou da
tribuna da Câmara o parlamentar.
Luiz Couto afirmou que acabar
com o Estatuto do Desarmamento é um tiro na cultura de paz que deveremos
construir porque, segundo ele, os países que resolveram a questão da
insegurança não o fizeram através de armas e sim por meio do trabalho de
inteligência para prevenir os assassinatos e impedir que as pessoas pudessem
cometer crimes.
“Eu espero que nós não façamos
essa loucura. Ou seja, já fizemos; já houve um referendo aqui retirando
dispositivos. Agora, é a revogação. Então, esta é uma realidade que nós não
podemos aceitar. E vamos lutar e vamos tentar obstruir para que este Projeto não
seja votado”, complementou.
Couto informou que estão
querendo que cada brasileiro possa ter até seis armas diferentes em casa. “Isso
é uma vergonha que nós não podemos aceitar. Em nome da paz, não podemos fazer
uma cultura de guerra”, disse, indagando em seguida: “como é que esse pessoal
pode querer paz?”.