O papa Francisco disse que a
Igreja Católica deve encontrar formas de acolher os católicos divorciados e
homossexuais.
Em entrevista ao jornal argentino
La Nacion publicada neste domingo, o pontífice afirmou que as discussões com
grupos tradicionais da igreja durante seu papado de 20 meses são um “bom sinal”
de que as discordâncias não estão ocultas dentro da instituição.
Os comentários sobre gays e
católicos divorciados foram as primeiras declarações públicas após a reunião de
bispos sobre os problemas enfrentados pela família. O encontro em outubro com
quase 200 bispos despertou discussões sobre uma série de problemas que afetam
as famílias católicas, envolvendo questões como uniões gays, divórcio, pobreza,
violência doméstica e poligamia.
O papa afirmou que os bispos
não discutiram casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que a igreja se opõe,
mas disse que os bispos devem considerar formas de ajudar “uma família que tem
um filho ou filha homossexual (e considerar) como eles devem ser educados”.
Francisco também apontou que
católicos divorciados são frequentemente barrados em atividades como fazer
leituras em missas ou se tornarem padrinhos. “Parece que eles são excomungados
de fato”, afirmou. Em vez disso, a Igreja deve “abrir as portas um pouco mais”,
disse o pontífice.