A despeito do destempero do
ex-ministro, Cid Gomes, de que considera o Poder Legislativo fundamental à
democracia, e “o que é lamentável é a sua composição, a forma do parlamento se relacionar
com o poder, virando o antipoder, ele disse o que todo brasileiro gostaria de
dizer neste momento”, ou seja:
– Ou tomam parte do poder ou
apostam no quanto pior, melhor para assumir o poder.
Cid Gomes foi claro e
objetivo. Ele se referia, claro e óbvio, ao PMDB do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (RJ) e ao PP, que também faz parte da base aliada do governo.
– O que a Dilma está fazendo é
limpar o governo do que está acontecendo de corrupção. Essa crise de corrupção
é uma crise anterior a ela. Ela está limpando e não está permitindo isso. Ela
está mudando isso. E isso, óbvio, cria desconforto, enfatizou.
E completou:
– Vocês viram quantos
deputados do PP recebiam mensalidade de um diretor da Petrobras? Isso é que era
a base do poder e ela [Dilma] está mudando isso”, disse Cid Gomes, ao citar a
lista de políticos investigados pelo Supremo Tribunal Federal por suspeita de
envolvido com o esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.
Ora, ora, ora, caro leitor. O
que o ex-ministro disse no plenário da Câmara, que ofendeu a toso os
parlamentares, da situação e da oposição não é nenhuma inverdade. Seja em que
governo for, o Legislativo age dessa forma, ou seja, o toma lá da cá com o
argumento de manter a “governabilidade”. Ah, a tal governabilidade, o karma de
todos os governantes.
Portanto, Cid Gomes disse o
que todo brasileiro gostaria de dizer.
* Comentário do jornalista Carlos Alberto Barbosa –
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