O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou ontem (11) que vai dar
continuidade à instalação da comissão especial que vai analisar o processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff na próxima quinta-feira (17).
A
ideia é esperar a resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) aos recursos sobre
o rito do processo, que deve sair na quarta-feira (16).
O
processo está parado depois que ministros do STF anularam a eleição de uma
chapa alternativa para a comissão. A chapa não foi indicada por líderes da
Câmara.
“O
processo volta ao curso da continuidade. Se respeitar todo o cronograma que se
tem estipulado na lei e no Regimento [Interno], começando na quinta, é possível
[votar em 45 dias]. Depende de outros fatores, como obstrução, recursos à
Justiça. Mas se seguir o rito: instalar comissão, prazo de defesa, prazo para plenário,
45 dias é o prazo razoável”, disse Cunha.
Esta
semana, ministros da Corte confirmaram que vão julgar no dia 16 o recurso que
pede a mudança do julgamento sobre as regras de tramitação do processo de
impeachment, definidas em dezembro do ano passado. Cunha defende votação aberta
para eleição da comissão e a obrigatoriedade do Senado dar prosseguimento ao
processo iniciado na Câmara.