Duas das personagens mais
emblemáticas de escândalos de corrupção do Brasil vão engrossar a defesa do
governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional.
O deputado federal Paulo Maluf
(PP-SP) e o senador Fernando Collor de Mello (sem partido-AL) já declararam
publicamente ser contrários ao impeachment e já se comprometeram com petistas a
impedir que avance o processo de afastamento da presidente.
Um é criminoso procurado pela
Interpol por fraudes e roubos milionários dos cofres paulistas. Outro é o
primeiro presidente que sofreu impeachment por um esquema de cobrança de
propina de empresários e pagamento de suas despesas pessoais — crimes pelos
quais foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal anos depois. Atualmente, é
investigado pela Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
Maluf integra a comissão
especial do impeachment na Câmara, instalada na semana passada.
Se o impeachment passar na
Câmara, Collor fará o que estiver a seu alcance para barrar o processo no
Senado. Ele chegou a se desfiliar do PTB na última sexta-feira (18) por causa
da diretriz nacional da sigla de apoiar o impedimento de Dilma.