Ministros
do núcleo mais próximo de Dilma Rousseff avaliavam nesta terça-feira (12) que a
batalha do impeachment está virtualmente perdida. Nem todos jogaram
definitivamente a toalha, mas há consenso de que o governo passa por seu pior
momento.
Uma
das comparações feitas numa conversa entre um dos ministros e um integrante do
PT era a de que o governo está perdendo o jogo nos últimos minutos do segundo
tempo. Resta apostar num milagre nos segundos finais.
Na
contabilidade que o governo e cientistas políticos que ajudam Dilma faziam
ontem, ela contaria agora com no máximo 148 votos (8 do PSD, 3 do PSB, 17 do
PR, 9 do PP, 5 do PTB, um do PFL, um do PEN, um do PT do B, dois da Rede, um do
Pros, 6 do PTN, 2 do PHS, 10 do PC do B, 61 do PT, 6 do Psol e 15 do PDT).
Faltariam 23 para barrar o impedimento.
Depois
da debandada do PP, do PR e da maior parte do PSD, restaria ao governo fazer um
corpo a corpo, deputado por deputado, no varejo do Congresso para conseguir os
23 votos que derrotariam o impeachment.
Os
aliados de Dilma no PMDB diziam o seguinte: se o governo conseguir mostrar, até
o domingo, que tem alguma chance de ganhar, seria possível angariar 20 votos
para ela dentro da legenda. Caso contrário, só dez, estourando.