O
grupo da oposição que monitora a evolução do placar do impeachment
contabilizava 321 votos na semana passada, 21 a menos que os 342 necessários à
aprovação do afastamento de Dilma.
Reunido
na noite desta segunda-feira, o grupo incluiu na conta os votos daqueles
“indecisos” que seriam menos suscetíveis às investidas do governo. Estimou em
352 o potencial de votos a favor da admissibilidade do processo contra Dilma,
com o consequente envio ao Senado. Vingando essa hipótese, a oposição
prevaleceria sobre a presidente no plenário da Câmara com uma dianteira de dez
votos.
Nessa
contabilidade que leva em consideração a tendência dos “indecisos”, o Planalto
teria assegurado, por ora, um contingente de 122 votos. E poderia cooptar mais
39. O governo ainda dispõe de pelo menos duas semanas para exercitar seu poder
de $edução. Isso, claro, se a Lava Jato não atrapalhar.
O
grupo pró-impeachment é pluripartidário. Participam da coordenação os deputados
Mendonça Filho (DEM), Carlos Sampaio (PSDB), Rubens Bueno (PPS), Paulinho da
Força Sindical (SDD), André Moura (PSC) e Darcísio Perondi (PMDB).