A
Globo já realizou dois grupos de discussão para Velho Chico, sendo que o
segundo foi antecipado em razão das muitas críticas nas redes sociais e à baixa
audiência registrada pelo folhetim assinado por Benedito Ruy Barbosa.
A
trama, diferente do que aconteceu no início, quando conseguiu superar os
resultados de suas antecessoras - A Regra do Jogo e Babilônia, que tiveram
adversidades ao longo de suas exibições - e foi bastante elogiada, desagradou o
público quando os personagens passaram a ser interpretados por outros atores.
O
principal problema detectado no primeiro grupo envolveu Antonio Fagundes,
criticado por não ter mantido a composição elaborada por Rodrigo Santoro para
Afrânio. Com trejeitos diferentes e uma peruca considerada bizarra e alvo de
piadas, o veterano vai ter que passar por uma transformação. Afinal ninguém
(muito menos um coronel do sertão) usa uma roupa como a de Afrânio nos dias de
hoje.
O
mesmo vale para os figurinos de Iolanda (Christiane Torloni), de Tereza (Camila
Pitanga), do deputado Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), de Encarnação (Selma
Egrei) e para os turbantes que transformam as empregadas domésticas em escravas
do século 17. Tudo isso, argumentam, descaracteriza Velho Chico como uma trama
contemporânea, a deixa fora de época e de localização (Nordeste).