Os
petroleiros decidiram entrar em greve na próxima terça-feira, dia 10. Em
assembleia realizada ontem, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que
representa a maioria dos empregados da Petrobras, decidiu aderir ao movimento
liderado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) contra o impeachment da
presidente da República, Dilma Rousseff.
"A
Petrobras e o Pré-Sal encabeçam as propostas dos golpistas de privatização e de
redução de direitos", informou a FUP, em comunicado oficial.
A
visão dos petroleiros é que se o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumir a
presidência, os direitos trabalhistas dos empregados da Petrobras estarão
ameaçados.
"Conquistas,
como o avanço de nível automático, a jornada 14 x 21 (14 dias trabalhando em
plataforma para 21 em casa), a hora extra a 100%, a HE (hora extra) da troca de
turno, os auxílios educacionais, o benefício farmácia e várias outras garantias
da AMS (assistência médica) não serão poupadas", traz a nota.
Alguns
desses benefícios chegaram a ser questionados pela atual diretoria da
Petrobras, que voltou atrás depois da pressão exercida pelos sindicalistas,
principalmente, após a greve realizada no fim do ano passado.