Os
ministérios públicos Federal e do Estado do Ceará investigam esquema de fraudes
na concessão de empréstimos pelo Banco do Nordeste (BNB), cujo prejuízo é
estimado em até R$ 1,5 trilhão.
Segundo
o procurador da República Oscar Costa Filho, o esquema criminoso envolve cerca
de dez pessoas. Entre elas, funcionários do banco e pelo menos 11 empresas, em
especial do ramo de geração de energia.
A
prática para concessão dos empréstimos passava pela manipulação da nota de
risco das empresas e pela cobrança de propina para a liberação do dinheiro,
equivalente a 2,5% do valor concedido.
Uma
dessas empresas, por exemplo, decretou recuperação judicial após receber empréstimo
de R$ 96 milhões. Outra, que também faliu, serviu de "laranja" no
esquema investigado pela Operação Lava Jato.
O
procurador acrescentou que além de não terem sido pagos, os títulos dos empréstimos
também não foram cobrados judicialmente. “Ora, esses créditos não foram
cobrados porque eles não foram concedidos para serem pagos”, acredita.