O
projeto do Governo do Estado para a construção de um novo presídio tem causado
polêmica em Parnamirim, que é uma das cidades estudadas para receber o
equipamento.
O
prefeito Maurício Marques se manifestou contrário à proposta e justificou
posicionamento alegando que o município da Grande Natal já abriga três
unidades.
“Nós
já temos em Parnamirim o presídio estadual lá no Pitimbu. Nós temos um presídio
feminino, que fica no Parque Industrial. Nós temos um presídio provisório, que
é a delegacia de Rosa dos Ventos e temos o Ceduc para menores infratores. Nós
não precisamos de presídios, precisamos é de policiais nas ruas e condições para
os que lá estão”, argumentou.
Maurício
Marques afirmou ainda que foi aprovada pela Câmara Municipal uma lei que proíbe
a construção de presídios dentro do município. “A Lei municipal é uma
sinalização que a população, representada pelo prefeito e pela Câmara, não quer
o presídio. Agora nós temos a Constituição Federal e Estadual, nós temos uma
lei maior. Só que nós estamos demonstrando uma lei forte, que é a vontade do
povo que não quer o presídio”, justificou.
“Se
essa Lei for derrubada é porque o Governo do Estado vai ser bem mais forte e o
povo de Parnamirim estará sendo desprestigiado”, criticou o chefe do Executivo
Municipal.
De
acordo com o prefeito, para proporcionar mais segurança à população da região é
necessário aumentar o efetivo da Polícia Militar que atende as localidades.
“Os
homens que lá trabalham são super-homens, o povo trabalha 24 horas, mas é
pouco. Eu conversei com o vereador Rosano Taveira, que é coronel da polícia, e
ele me disse que tem menos de 80 homens para atender Parnamirim, Monte Alegre,
São José do Mipibu e Nísia Floresta, mas em Parnamirim tem trabalhando em torno
de 38 policiais. Não dá, é pouco”, concluiu.