Insatisfeitas
com as novas regras de preços da Petrobras, as construtoras querem repassar os
custos com a compra de asfalto para o Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes (Dnit).
A
Petrobras informou às construtoras que, a partir de janeiro, o preço do asfalto
terá revisões mensais, assim como funciona hoje com a gasolina, com o objetivo
de equilibrar os preços internos com os praticados no exterior.
Nos
quatro primeiros meses, o preço poderá ser reajustado em até 8% e, a partir
daí, em 12% a cada mês.
Carlos
Eduardo Jorge, presidente da comissão de infraestrutura da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (Cbic), diz que isso levará a um desequilíbrio
financeiro nos contratos de obras já firmados. Isso porque a revisão dos
contratos é feita a cada 12 meses. "Nenhum contrato vai se equilibrar com
ajustes mensais da Petrobras", afirmou.
Uma
das sugestões para mitigar o problema é repassar o custo para o Dnit. "Nossa
demanda é: a construtora compra o asfalto, apresenta a nota ao Dnit, e o Dnit
paga pelo asfalto", afirmou o presidente da entidade, José Carlos Martins.
O
asfalto representa cerca de 40% do custo de uma obra rodoviária, segundo Jorge,
daí a relevância do tema para o setor, que tenta retomar trabalhos paralisados
pela recessão.