O
TCU avalia que há risco de que um possível calote respingue nos cofres do
Tesouro, único acionista da Caixa, gerando custos para a União no momento em
que o País vive uma grave crise fiscal.
Estados
em grave situação financeira, e com alto risco de calote, foram autorizados a
tomar empréstimos com garantias dadas pelo Tesouro.
O
Rio de Janeiro, por exemplo, conseguiu financiamentos de bancos públicos entre
2012 e 2015 e começou a dar o calote no ano passado, obrigando a União a honrar
os pagamentos. Essa primeira investigação motivou o atual governo a revogar a
norma que abriu caminho para essas operações.
Dados
do terceiro trimestre de 2017 mostram que a Caixa ampliou sua carteira de
crédito nas mãos de governos estaduais e municipais em 6,7% em relação a um ano
antes, para R$ 35,2 bilhões.
Dos
R$ 3,4 bilhões emprestados pela Caixa no ano passado a Estados e municípios, R$
2,12 bilhões foram para Piauí, Pernambuco, Pará e Goiás, e outro R$ 1,3 bilhão
beneficiou 15 municípios. A maior parte das operações foi feita sem garantia da
União.