Certo,
até aí nada demais. Todos vivemos a angústia e a náusea de estar no mundo,
segundo os filósofos existencialistas. Mas o petista sofre mais.
Todos
os dias tem que mudar de opinião sobre um mesmo fato. Na campanha eleitoral
odeia o banqueiro. No poder, corre para abraça-lo, com juras de amor eterno: o
mensalão foi armado com banqueiros. Se é contra o teto de gastos, no Poder o
adota, abrindo caminho a cotoveladas.
Mas
a angústia maior é a arrumação diária de seu altar dos santos do partido. O
santo de hoje é o demônio de amanhã, que depois volta a ser bibelô, posto no
altar dois dias depois.
Vejam
o caso do notável equilibrista Renan Calheiros. Foi santo na campanha
presidencial. Na campanha pelo Senado, acenou apoio ao Bolsonaro e foi expulso
do altar com olhar de profundo desprezo.
Derrotado
no domingo, o alagoano se autointitulou oposicionista e amanheceu na
segunda-feira exposto como o santo mais incensado do altar. É o mais novo e
lustroso bibelô do altar, com direito a velas decoradas. E a angústia sartreana
se renova.
O
intelectual petista “é antes de tudo um forte…”
· Por Carlos Linneu T F C
· Por Carlos Linneu T F C