As dificuldades de
fiscalização dos promotores de Justiça no interior do Rio Grande do Norte - que
se repetem ano após ano por deficiência na estrutura disponível - devem fazer com
que, em vários municípios, a campanha eleitoral que se aproxima seja quase
território de crimes e ilícitos que maculam a soberania do voto popular.
O abuso de poder político
e econômico, a compra de votos e a proliferação de atos que configuram condutas
vedadas a agentes públicos são práticas comuns que, nem sempre, a fiscalização
consegue captar.
Algumas regiões têm
promotores responsáveis por acompanhar a lisura do pleito em até quatro
municípios diferentes, sem estrutura adequada.
Em uma campanha atípica,
em que ainda não é possível saber em detalhes o que pode e o que não pode ser
feito e que cada cidade deve ter regras diferentes, as autoridades precisam
atentar para a necessidade de melhor acompanhamento dos fatos, sob pena de uma
disputa marcada por irregularidades.