Diante
da crescente insatisfação dos caminhoneiros com a escalada do preço do óleo
diesel - motivo principal de a categoria ter marcado greve para o dia 1º de
novembro -, o governo federal resolveu agir para tentar evitar a
paralisação. Marcou para o dia 28 de
outubro reunião de integrantes da Secretaria Especial de Articulação Social e
da Casa Civil com os líderes caminhoneiros e com o presidente da Frente
Parlamentar dos Caminhoneiros e Celetistas.
Até
poucos dias atrás o governo avaliava como improvável uma adesão maciça à
paralisação. Porém, desde que foi anunciada a possibilidade de greve, os
caminhoneiros têm demonstrado insatisfação crescente nos grupos de aplicativos
de mensagem, o que fez mudar a avaliação no Palácio do Planalto.
O
anúncio feito esta semana pelo presidente Jair Bolsonaro, da concessão de
auxílio-combustível para os motoristas de caminhão no valor de R$ 400 até o fim
do ano, irritou ainda mais a categoria. Vários caminhoneiros se referiram ao
benefício como "esmola".
Os
líderes caminhoneiros vão levar à reunião do dia 28 uma pauta que inclui o fim
da paridade do preço do petróleo com o mercado internacional; a criação de um
fundo de estabilização da tarifa dos combustíveis, criado com imposto sobre
exportação do petróleo bruto e maior pressão sobre o Supremo Tribunal Federal
para que seja julgado o texto que estabelece o piso mínimo do frete.
O
presidente da Frente Parlamentar de Caminhoneiros, deputado Nereu Crispim
(PSL-RS), disse que a categoria tem um plano completo para oferecer ao governo.
"Se
eles não sabem como baixar o preço dos combustíveis, os caminhoneiros
sabem", afirma Crispim.