O Ministério da Educação decidiu suspender,
em portaria publicada na última quarta-feira (10), novos contratos do Fies e do
ProUni com 10 instituições de ensino submetidas que pertenciam, até o ano
passado, à Laureate Brasil e hoje foram absorvidas pelo grupo Ânima.
As unidades são alvo de um processo de
supervisão da pasta após denúncias de irregularidades encampadas pelo MPF, que
entrou com uma ação civil pública, no ano passado, para obrigar o MEC a
fiscalizá-las.
A medida vale para gigantes como o Centro
Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e a Universidade
Anhembi Morumbi (UAM), sediados em São Paulo, bem como o Centro Universitário
IBMR, no Rio de Janeiro, e a Universidade Salvador (Unifacs). Há restrições
também a empresas da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio Grande do
Sul.
Denúncias de professores divulgadas no ano
passado pela Agência Pública indicaram práticas irregulares: elaboração de atas
forjadas para o reconhecimento de cursos junto ao ministério, escalação de
docentes para trabalhar em áreas desconexas àquelas em que se formaram e utilização
de robôs na correção de provas. Tudo sem o conhecimento dos estudantes.