Rima, versos e improviso são as principais marcas do
Repente. A manifestação artística que faz parte da identidade da região
Nordeste foi reconhecida como patrimônio cultural do Brasil nesta quinta-feira
(11) durante reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O pedido de registro da cantoria foi
formalizado em 2013 pela Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores
Populares do DF e Entorno.
Desde então, o Iphan iniciou o processo de
registro, que inclui a descrição da arte e a documentação, inclusive com
registro audiovisual, formando um dossiê.
O repente já tem cerca de dois séculos e se
espalhou pelo Nordeste. Nasceu na Serra do Teixeira, na Paraíba, se expandiu
para o vale do Pajeú, no Pernambuco, e para o Vale do Seridó no Rio Grande do
Norte.
De acordo com os estudos do Iphan, os
fundamentos do Repente são métrica, rima e oração (coerência e qualidade do
conteúdo).