Em 2018, a candidatura de Jair Bolsonaro representou um ponto de encontro para conservadores, liberais, lava-jatistas, antipetistas e suas subdivisões.
Em 2022, o ex-ministro Sergio Moro (Podemos) busca
construir algo parecido.
Menos de um mês após ter reingressado no cenário
político, o ex-juiz vem conquistando apoio em segmentos que foram cruciais para
a vitória de Bolsonaro há quatro anos.
Moro tem demonstrado que quer ser uma espécie de
guarda-chuva tanto para a direita decepcionada com o presidente quanto para
centristas que veem nele um líder moderado -ao menos na comparação com
Bolsonaro.
Os movimentos que se uniram a partir de 2014 em
torno da pauta anticorrupção como o MBL (Movimento Brasil Livre) e o Vem Pra
Rua, ambos estiveram presentes no ato de filiação do ex-juiz ao Podemos.
Personalidades que têm o combate à corrupção como bandeira também mostram simpatia por Moro, como o professor da USP Modesto Carvalhosa, e Roberto Livianu, presidente do Instituto Não Aceito Corrupção.