Para a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sinte/RN), Fátima Cardoso (foto), o corte de ponto dos grevistas é uma medida desnecessária, visto que é certa a reposição das aulas pelos dias sem os professores nas escolas.
Ela ressalta que, havendo o corte de ponto,
há o risco dos educadores não repor as aulas dos dias de greve, fato que pode
comprometer a qualidade do ano letivo.
“Lamentamos profundamente porque, certamente,
uma parte da categoria tendo o ponto cortado não fará reposição de aulas e nem
se completará o ano letivo da forma devida. Somos a única categoria que entra
em greve e depois repõe os dias parados”, disse.
Greve dos professores de Natal durou um mês. A
Prefeitura entrou na Justiça pedindo a ilegalidade da greve e foi atendida em
decisão do dia 8 de abril pelo desembargador Virgílio Macedo, que entendeu que
a paralisação poderia trazer prejuízos irreparáveis aos estudantes. Ele
autorizou, ainda, o imediato desconto de salários e fixou multa diária no valor
de R$ 10 mil ao Sinte, aos seus dirigentes e grevistas, limitado ao teto de R$
100 mil, em caso de descumprimento.