Os programas de transferência de renda são e
sempre serão necessários, mesmo que as condições econômicas melhorem no Brasil,
a exemplo do que ocorreu em outros países. A avaliação é do cientista político
Valdir Pucci.
No entanto, o especialista alerta para o uso
político dos benefícios sociais, principalmente em anos eleitorais.
"No Brasil, os políticos transformaram
os programas em moeda de troca para ganhar votos e não combater de fato a
pobreza", diz.
De acordo com Pucci, a classe política, ao
invés de buscar soluções para a pobreza, foca nas consequências que ela traz.
As medidas deveriam ser de solução e não paliativas, como o antigo Bolsa
Família e o Auxilio Brasil, que não vão na raiz do problema, só resolvem
momentaneamente, não buscam a solução estrutural do problema.
"Mas, neste momento, não há nenhum
interesse em acabar esses programas assistenciais já que buscam retorno
eleitoral para seus idealizadores".