Membros da diretoria da Petrobras receberam
uma sinalização do governo Bolsonaro para que não haja reajuste no preço dos
combustíveis até a realização do 2º turno das eleições, em 30 de outubro.
A pressão sobre a petroleira foi ampliada
devido à nova alta no preço internacional dos combustíveis, que pode ser ainda
maior devido a novos cortes na produção internacional de petróleo anunciados
nesta quarta-feira (5), pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep+).
Com os novos aumentos internacionais, seria
natural que a Petrobras repassasse esses reajustes para o combustível nacional,
já que a petroleira segue a política de paridade internacional de preços.
O corte no preço dos combustíveis realizado
nos últimos meses, porém, tornaram-se bandeira política nas mãos de Bolsonaro,
que não está disposto a abrir mão deste ativo às vésperas do segundo turno.
Segundo o presidente da Associação Brasileira
dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, com o novo corte será
difícil segurar os preços internos, apesar da proximidade do segundo turno das
eleições presidenciais.