Os senadores Jean Paul Prates e Randolfe Rodrigues, líderes da Minoria e da Oposição no Senado Federal, estão coletando assinaturas para a instalação de uma CPI para apurar as denúncias de assédio eleitoral por parte de empresários, gerentes de empresas e até mesmo prefeitos municipais que ameaçam trabalhadores e trabalhadoras, exigindo ou induzindo a votarem no presidente Jair Bolsonaro.
A CPI vai apurar ainda se essas pessoas estão
oferecendo prêmios ou recompensas em troca dos votos, configurando, em tese, a
prática dos crimes previstos nos arts. 297 a 301 do Código Eleitoral.
A iniciativa e assinatura inicial é do
senador mineiro Alexandre Silveira. Minas Gerais é o recordista de casos de
assédio eleitoral, tendo o Ministério Público do Trabalho contabilizando já 295
registros em terras mineiras.
O segundo estado com mais denúncias é o
Paraná (123), seguido por Santa Catarina (113). Segundo o autor, “este nefasto
fenômeno se espalha por todo o país, revelando uma prática antidemocrática e
antirrepublicana por parte de empresários e agentes públicos”.
De acordo com o líder da Minoria no Senado,
Senador Jean Paul Prates, “a prática é sub-notificada. Isso porque se
baseia justamente no temor reverencial que o empregado nutre junto ao
empregador: o medo de perder o emprego, o medo de desrespeitar ou de ir contra
a sua vontade ou crença”, disse.